LIVRO "UMA HISTÓRIA DA LONGEVIDADE NO BRASIL" Aborda o conceito de envelhecimento em diver
O livro Uma História da Longevidade no Brasil, de autoria do professor e historiador Alexandre Hecker, é uma obra inédita sobre a história do envelhecimento no Brasil.
Uma história das condições e dos modos de envelhecer é um investimento sobre o campo do desconhecido.
Poeticamente, constitui-se na tentativa mais ousada de elaborar uma declaração universal do direito ao sonho. Isto porque a mais importante, bela e dramática característica humana é a sua finitude. Tratar do envelhecimento é como dar um balanço geral no desenho concreto e tortuoso desta nossa vida, tão comum a todos, e ao mesmo tempo tão particular a cada um.
É por esta razão que as pesquisas sobre a história do envelhecimento no Brasil podem conduzir a alteração de muitas das ideias inicialmente apoiadas em noções simplificadas ou mesmo em preconceitos arraigados.
A primeira e fundamental das possíveis questões a serem decifradas relaciona-se às seguintes perguntas: qual o limite cronológico para identificar o envelhecimento – aos quarenta, cinquenta, sessenta, setenta ou oitenta anos de idade? E a resposta preliminar, mas necessária e pertinente, é: o limite sempre foi cambiável no tempo e variável nas circunstâncias históricas.
As diferentes formações sociais experimentadas ao longo dos tempos apresentaram diversas concepções de envelhecimento. Para ficarmos num exemplo próximo e ao mesmo tempo gritante, observemos o próprio Brasil dos últimos 65 anos, isto é, o tempo de vida de nossa “jovem” terceira idade.
Neste espaço de tempo a expectativa de vida pulou de 40 e poucos para setenta e tantos anos. Compreende-se, então, que o conceito de envelhecimento daquele momento não pode ser o mesmo da nossa época. Cada sociedade tem uma diversa concepção de envelhecimento.
É sobre esta aventura costurada em fatos concretos e conceitos a eles alinhavados que trata este trabalho.