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No Pasárgada, idosos com doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson, recebem tratamento indiv

Cuidar de um idoso fragilizado, diagnosticado com Alzheimer e Parkinson, é um momento delicado para a família, que, na expectativa de fazer o melhor, muitas vezes erra. Atualmente, com técnicas aplicadas e direcionadas, é possível minimizar os efeitos das doenças de Alzheimer e Parkinson, demência, depressão e sequelas de AVE (Acidente Vascular Encefálico). “Não importa o tamanho déficit cognitivo, o que importa é ser atendido nas necessidades individuais. Se o idoso tem momentos de satisfação que façam sentido para ele, até o cérebro responde melhor”, afirma a Terapeuta Ocupacional e Mestre em Gerontologia, Vanessa Idargo Mutchnik.

Responsável pelo Pasárgada, um centro-dia para idosos fragilizados, ela ensina que o primeiro passo para diminuir os efeitos das doenças degenerativas é respeitar o idoso como um ser individual. Para isso, conta com a Reabilitação Cognitiva, e com o referencial da Terapia Ocupacional em que a pessoa desenvolve ou resgata hábitos no dia a dia. “Os idosos são pessoas com vivência, sabem o que querem e o que não gostam. Portanto, é preciso compartilhar situações que tenham significado para eles”, explica.

A preocupação com a Terceira Idade é uma realidade. Afinal, é preciso entender que o Brasil já não é tão jovem e que, em dez anos, envelhecerá o mesmo que a Europa envelheceu em 70. Segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País terá em torno de 30 milhões de pessoas com mais de 60 anos – equivalente a 15% da população. Nesse período, a expectativa média de vida do brasileiro ao nascer deve passar dos atuais 75 anos para 81 anos. Daí, com a diminuição das taxas de mortalidade e fecundidade, registradas a partir das décadas de 1970-80, o Brasil deixará de ser um País de jovens.

Há hoje muitas casas de repouso, cuidadores domiciliares e centros de convivência para idosos ativos. Mas os idosos fragilizados são esquecidos ou quando lembrados são vistos como “pacientes”. A maioria das pessoas não sabe o que fazer, como lidar com idosos que estão muito comprometidos. Pensando neles, Vanessa criou o Centro Dia Pasárgada. No local, uma equipe multidisciplinar de nove profissionais, como profissional de educação física, fisioterapeuta, gerontólogo e fonoaudiólogo, estimulam os idosos a criar uma rotina, como se estivessem na própria casa. “Com esse espaço, quero mostrar que é possível sim atender idosos muito comprometidos, com qualidade e promover a inclusão deles na sociedade”, afirma a profissional.

Após seis meses no local, muitos que chegam agressivos e totalmente isolados do convívio familiar mudam o comportamento, são encaminhados para atividades diárias e recebem alta. Há casos de idosos que chegaram com diagnóstico de Alzheimer, mas que após o período de convivência, descobriu-se que era depressão fortíssima. “Meu objetivo não é ficar com o idoso por anos, criar dependência, eu quero o desenvolvimento deles. Por isso mesmo faço contrato de até seis meses. O idoso e a família precisam ter a oportunidade de reavaliar as necessidades periodicamente.”

Sobre o Pasárgada

Criado há um ano pela Terapeuta Ocupacional e Mestre em Gerontologia, Vanessa Idargo Mutchnik, o Pasárgada foi idealizado para acolher idosos que necessitam de apoio e estímulo adequado para desenvolver ou manter sua autonomia com segurança.

Instalado em uma casa térrea, localizada em frente ao Parque da Aclimação,

oferece estrutura pensada para possibilitar a melhor experiência para os idosos. O centro-dia tem acessibilidade total, com mobiliário adequado e ambiente acolhedor. O atendimento é baseado em três pilares: acolhimento, confiança conquistada e conhecimento técnico.

No Centro-Dia, que fica aberto das 7h às 19h, o idoso recebe diversos estímulos nos variados ambientes, com o objetivo de incitar o desejo para a realização de atividades, como leitura, canto, artesanato, alongamento e fortalecimento e atividades de vida diária. Todas as atividades são personalizadas para atender a necessidades diversas – desde os aspectos cognitivos, a história de vida, os interesses pessoais e a identificação de papéis ocupacionais.


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