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Mexer-se agora para se mexer sempre

O envelhecimento acarreta inúmeras transformações no corpo humano e a diminuição do desempenho físico talvez seja um dos mais percebidos. Isso porque, durante o processo de envelhecimento, o organismo tem sua capacidade funcional reduzida: nossos corpos não são mais tão flexíveis e os movimentos tendem a ficar mais lentos.

Com o aumento da longevidade, cresce a preocupação das pessoas com a qualidade de vida, especialmente com a manutenção da autonomia dos movimentos. É preciso combater o sedentarismo, pois a falta de atividade física acaba por afetar a saúde de forma geral, com grande impacto sobre a força muscular.

Nas pessoas acima dos 60 anos, particularmente, o exercício serve, entre outros benefícios, para atenuar a perda de massa óssea e de massa muscular – por isso tem sido considerado um fator determinante na manutenção, promoção e recuperação das funções orgânicas. A longo prazo, certamente, contribui para ampliar a capacidade do idoso cuidar de si mesmo e realizar com mais autonomia as atividades de seu cotidiano.

Muitas pessoas acreditam que a atividade física significa apenas ginástica, academia e a prática esportiva, mas, se pararmos para pensar, vemos que todos os dias podemos manter o corpo ativo, fazendo coisas do nosso cotidiano: como ir à padaria, passear com o cachorro, subir e descer escadas, varrer a casa, vestir-se e banhar-se.

Uma das maneiras de identificar a qualidade do desempenho funcional do idoso é pela ausência de dificuldades na realização de certas situações da vida cotidiana. Os conceitos fazem parte de um sistema de Classificação Internacional de Comprometimento, Incapacidades e Desvantagens (ICIDH) da World Hearth Organization (WHO).

Vale ressaltar que o comprometimento se relaciona aos aspectos orgânicos, é a perda ou alteração das estruturas ou funções, sejam elas psicológicas ou fisiológicas. A incapacidade é a falta ou limitação de uma habilidade, que resulta de um comprometimento, para realizar uma atividade rotineira.

As atividades de vida diária (AVDs) compreendem aquelas atividades que se referem ao cuidado com o corpo das pessoas (vestir-se, fazer higiene, alimentar-se), as atividades instrumentais de vida diária (AIVDs) são as relacionadas com atividades de cuidado com a casa, familiares dependentes e administração do ambiente (limpar a casa, cuidar da roupa, da comida, usar equipamentos domésticos, fazer compras, usar transporte pessoal ou público, controlar a própria medicação e finanças).

Em 1969, Lawton e Brody elaboraram uma escala para avaliar a AIVD (atividades instrumentais de vida diária), com oito atividades: uso de telefone, fazer compras, preparo de refeição, fazer faxina, lavar roupa, usar meio de transporte, tomar medicações e controle financeiro. Os itens são classificados quanto à assistência, à qualidade da execução e à iniciativa.

Todas estas “ferramentas” que medem a capacidade funcional, nos auxiliam a classificar e adequar os processo terapêuticos para os idosos e, também propor programas governamentais de apoio ao idoso.

A atividade física regular para idosos tem papel fundamental, na medida em que prolonga e aumenta a capacidade de trabalho do individuo, otimizando a realização das AVDs.

Hoje existem vários espaços voltados para a prática de exercícios: parques, praças e muitas academias (algumas específicas para idosos).

Segundo Cristiano Ros Salas Alves, educador físico do Centro Dia Pasargada, é importante salientar que a atividade física a ser praticada deverá ser a que dá mais prazer e satisfação ao idoso, partindo de sua escolha. Os exercícios, no entanto, sejam quais forem, devem ser iniciados somente após uma avaliação médica. Sua prática deve ser orientada e acompanhada por um professor de Educação Física, que é quem está capacitado e habilitado para tal função.

No cotidiano do Pasárgada, a atividade física faz parte da rotina. Os idosos se exercitam de forma personalizada, sob acompanhamento do educador Cristiano e, com frequência, estendem as atividades para o Parque da Aclimação. Para um melhor aproveitamento do exercício de forma geral, uma dica importante do professor é que a pessoa sempre utilize, nesse momento, roupas confortáveis, calçados adequados e não deixe de se hidratar antes, durante e após a ginástica. Assim como jamais deve fazer exercícios em jejum. Alimentos leves, como frutas, por exemplo, são sempre bem-vindos nesses momentos.


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